quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Que BRASIL é esse?



                               Começar a escrever citando Renato Russo é bem propício para o que vem acontecendo em nosso país, "mas o Brasil vai ficar rico, vamos faturar um milhão, quando vendermos todas as almas dos nossos indios em um leilão",,,
Quando falo que a direita quer privatizar  tudo, as pessoas acham exagero, as pessoas me acham radical, mas vocẽ ainda não percebeu que esta nova política para a previdência, lançando um novo regime é uma privatização é maqueada? Sim, todo mundo "fodido", principalmente os que tem menos de 45 anos,
E qual é a maquiagem falsificada?
                              Sou jovem, talvez nunca me aposente pela previdência do governo, faço uma previdência privada em um banco qualquer (olha isso produção), e ponto... Quem ganha com isso? Eu, vocês? Não, quem ganha é o banco que ganha, que está ali de prontidão esperando o sucateamente do serviço público para a bocanhar
                         Outra coisa muito estranha, não se mexe com militares, polícia e bombeiro, Como assim? São melhores que nós? trabalham mais que o povo da educação ou da saúde? São mais capacitados? Não não queridos, a tia vai explicar, eles são a "força bruta",  você protesta, o governo cai de pau nos protestos, militares  atacam, bombeiros (respeito demais bombeiros) limpam os estragos e todos se calam...Básico assim, como militares e outros segmentos estarão contra o governo, se o governo "protege" estes segmentos da sociedade?
                            E os políticos? Por que antes de fazer qualquer reforma na previdência, não fazem um estudo de consciência para verificar o por que de tanta corrupção e roubalheira? Porque não fazer a reforma política antes de mexer no dinheiro, aposentadoria e direitos do trabalhador?
                                        Pensemos minha gente, pensemos?                                                                                                                                                                  
                                                          

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Para que vale o seu 10?

       
PARA QUE VALE O SEU 10?



        Ontem foi dia de receber mais um certificado, sim agora sou especialista, após longo período de estudo, encontros, provas  e o temido trabalho de conclusão recebi o documento tão aguardado. 
      A escrita não é meu forte, penso que sou o pavor dos professores doutores que enchem as academias, nem sei se rio ou se choro, na graduação ouvi da orientadora "você tem um jeito próprio de escrever",  acabei no final me esvaindo em choro, não é que na especialização, em outra universidade, a  orientadora disse quase as mesmas palavras. Pensei que havia superado o "trauma" de 2008, mas fiquei triste e apesar de muitas notas boas durante o curso, a conclusão foi novamente um momento de pensar.
       Talvez a chegada tardia a universidade tenha sido um dos pontos negativos da falta de "competência" para tirar um dez, sim porque em nenhum dos dois trabalhos minha nota ultrapassou aquele número arredondado que é o oito. A falta de leitura técnica e específica em demasia pode ser uma outra justificativa para não completar uma nota máxima. Há um distanciamento claro dos alunos que seguem um formato acadêmico e   pesquisador, daqueles que acabam mergulhando na prática de suas áreas. Os práticos pouco darão importância as convenções acadêmicas a não ser que seja extremamente necessário, mesmo concordando que a teoria é importante e também um caminho para a prática. 
       A rigidez da escrita acadêmica é outro ponto que me intriga, as vezes pesquisamos um assunto que na prática estamos cansados de constatar, mas precisamos daquelas longas citações, dos muitos autores falando as mesmas coisas com escritas diferentes, porque tinham que publicar ou então para que aquele assunto pertinente não morra ou tenha que ser lembrado e renovado.
     Os critérios acadêmicos para uma nota provavelmente são a relevância  daquele assunto para a universidade, para a sociedade, mas principalmente para o professor que vai  orientar, sim porque  ouço muitos colegas escrevendo, não o que eles querem de fato, mas o que este ou aquele orientador vai aceitar como pesquisa, a escrita, o tipo de pesquisa.
      Bem, passado o novo "trauma" da falta de nota "exemplar", fiquei lembrando que sempre disse a minhas filhas "não há necessidade de um dez, precisam da nota para passar, o mais importante é aprender". Elas tem levado este conselho a sério, são questionadoras, inteligentes, com opiniões criticas formadas ( sempre se formando), dentro e fora de sala de aula, penso que pelos meus "traumas" acabei não colocando em prática meu discurso.
      Mas de verdade para que serve a nota dez? Por que a ânsia de tê-la no currículo? O que você aprendeu com esta nota? Aonde sua pesquisa será utilizada?
     Penso que estes questionamentos devem ser feitos pelos pesquisadores principalmente aqueles que mergulham nos longos mestrados e doutorados. Seu dez será para preencher o Lattes,  para progressão, para ficar na estante, no software da Biblioteca ou ele conseguirá ser utilizado em algum momento pela sociedade?